terça-feira, 21 de dezembro de 2010

O talismã divino

sublimes de que o Mestre dava testemunho amplo, curando loucos e cegos, quando
Isabel, a zelosa genitora de João e Tiago, indagou, sem preâmbulos:
— Senhor, terás contigo algum talismã de cuja virtude possamos desfrutar?
algum objeto mágico que nos possa favorecer?
Jesus pousou na matrona os olhos penetrantes e falou, risonho:
— Realmente, conheço um talismã de maravilhoso poder. Usando-lhe os
milagrosos recursos, é possível iniciar a aquisição de todos os dons de Nosso Pai.
Oferece a descoberta dos tesouros do amor que resplandecem ao redor de nós,
sem que lhes vejamos, de pronto, a grandeza. Descortina o entendimento, onde a
desarmonia castiga os corações. Abre a porta às revelações da arte e da ciência.
Estende possibilidades de luminosa comunhão com as fontes divinas da vida.
Convida à bênção da meditação nas coisas sagradas. Reata relações de
companheiros em discordância. Descerra passagens de luz aos espíritos que se
demoram nas sombras. Permite abençoadas sementeiras de alegria. Reveste-se de
nil oportunidades de paz com todos. Indica vasta rede de trilhos para o trabalho
salutar. Revela mil modos de enriquecer a vida que vivemos. Facilita o acesso da
alma ao pensamento dos grandes mestres. Dá comunicações com os mananciais
celestes da intuição.
— Que mais? — disse o Senhor, imprimindo ênfase à pergunta.
E após sorrir, complacente, continuou:
— Sem esse divino talismã, é impossível começar qualquer obra de luz e paz na
Terra.
Os olhos dos ouvintes permutavam expressões de assombro, quando a esposa
de Zebedeu inquiriu, espantada:
—Mestre, onde poderemos adquirir semelhante bênção? Dize-nos. Precisamos
desse acumulador de felicidade.
O Cristo, então, acrescentou, bem-humorado:
— Esse bendito talismã, Isabel, é propriedade comum a todos. É “a hora que
estamos atravessando”... Cada minuto de nossa alma permanece revestido de
prodigioso poder oculto, quando sabemos usá-lo no Infinito Bem, porque toda
grandeza e toda decadência, toda vitória e toda ruína são iniciadas com a
colaboração do dia.
E diante da perplexidade de todos, rematou:
—O tempo é o divino talismã que devemos aproveitar.
Entabularam os familiares interessante palestra, acerca das faculdades

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